A BASÍLICA

A Basílica de Nossa Senhora da Penha é uma das maiores e mais belas igrejas da cidade de São Paulo. Trata-se de um magnificente templo, que se destaca na parte mais alta da colina da Penha, podendo ser visto de diversos pontos da cidade. Distante cerca de 200 metros do antigo Santuário, a Basílica encontra-se no centro Histórico da Penha de França e destaca-se na paisagem do bairro, chamando a atenção, inclusive daqueles que chegam ao bairro por Metrô ou durante a noite, com sua fachada iluminada e as cruzes luminosas das torres. Assim como o antigo Santuário, a altaneira Basílica foi edificada com a frente voltada para o centro de São Paulo, tendo a cidade como que a seus pés, significando que, do alto do penhasco onde está localizada a igreja, a Mãe de Deus vela e olha pelo Município do qual Ela é a Rainha e Padroeira, especialmente pelos que mais sofrem e necessitam de solidariedade. Da Basílica tem-se uma vista panorâmica dos bairros limítrofes da Penha e de pontos distantes da Capital, com seus edifícios, viadutos, rios e avenidas.
Também chamada, popularmente, de “Igreja Nova da Penha”, a Basílica, surgida, inicialmente, como novo Santuário da Penha, funciona como Matriz nova da Paróquia de Nossa Senhora da Penha. É fruto e expressão do aumento e da cristalização da devoção à Virgem da Penha na cidade de São Paulo, que exigia um novo templo, de maiores proporções, capaz de corresponder ao número crescente de romeiros e devotos. Graças à generosidade de devotos e paroquianos a igreja pôde ser erigida.
Junto com o antigo Santuário Eucarístico e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, constitui um complexo religioso-histórico-artístico, importante referência da ação evangelizadora na Diocese de São Miguel Paulista e na cidade de São Paulo.
No dia 15 de setembro de 1957 foi solenemente lançada por Dom Carlos de Vasconcelos Mota a pedra fundamental da nova igreja que se tornaria, mais tarde, a Basílica da Penha. O projeto da igreja era ousado por suas dimensões monumentais: 5.645 metros quadrados, formato de cruz, com 66 metros de comprimento e 56 metros de largura. A nave conta com 24 metros. As torres têm por volta de 60 metros. A cúpula, 30 metros de diâmetro e 40 metros de altura. Pode abrigar até 7 mil pessoas, das quais, aproximadamente, 2 mil sentadas – dez vezes mais que o antigo Santuário!

Ilustração do Projeto da Basílica - 1957

Coube ao Padre José Augusto da Costa, C.Ss.R., vigário muito dinâmico e estimado pelos penhenses, a tarefa de iniciar, em 1957, a construção do novo Santuário, cuja primeira missa aconteceu no Natal de 1967. É no nicho central do presbitério da Basílica que se encontra a imagem milagrosa e tradicional trazida pelo viajante francês.

Início das obras- 1957

A nova igreja foi edificada em imenso terreno à Rua Santo Afonso, onde antes havia uma antiga gruta de Nossa Senhora de Lourdes (também ponto de peregrinação dos devotos no passado) e ao lado do grandioso prédio onde funcionava o hoje desativado Seminário Maior dos padres redentoristas.

Construção da Basílica - 1960

Construção da Basílica - 1960

Construção da Basílica - 1966

Dom Angélico Sândalo Bernardino, Bispo da antiga Região Episcopal de São Miguel e Auxiliar de Dom Paulo Evaristo Arns dedicou e consagrou o novo Santuário e seu altar no dia 07 de setembro de 1984, último dia da Novena preparatória à Festa de Nossa Senhora da Penha daquele ano. No referido altar principal, todo trabalhado em granito preto, além das cinco cruzes de Sagração, encontramos a inscrição: “FELIZ ÉS TU, MARIA, QUE ACREDITASTE”..
 No dia 07 de junho de 1985, o novo Santuário de Nossa Senhora da Penha foi elevado à condição de Basílica Menor pelo então Papa João Paulo II, que, na sua Bula Pontifícia lembra a condição de Nossa Senhora da Penha como Padroeira civil da cidade de São Paulo. A seguir, transcrevemos o documento pontifício:
João Paulo II para toda a posteridade:
Em um dos mais belos bairros da cidade de São Paulo está situado o novo e importante Santuário que pelo esplendor singular de suas obras de arte e pela sua amplitude e majestade tornou-se muito conhecido e foi consagrado, no ano passado, a Nossa Senhora da Penha, já anteriormente escolhida para Padroeira de São Paulo e como tal sempre honrada piedosamente e fielmente venerada pelos habitantes da cidade.
A fim de que nenhuma dignidade, decoro e esplendor viessem a faltar nessa importante Igreja da Arquidiocese, nosso venerável irmão Cardeal Paulo Evaristo Arns julgou oportuno e urgente solicitar a esta Sé Apostólica, em favor da mesma, o título de Basílica Menor para que pudesse mais plenamente cumprir sua missão de Templo Marial e, ao mesmo tempo, transformar aquele local em grande e operante centro de pastoral e dali difundir seus efeitos.
Diante desse pedido e de suas causas que nós, de vontade e de boa mente, recebemos, confiando no parecer favorável da Congregação do Culto Divino devidamente informada, por força desta carta, determinamos que ao referido templo, dedicado a Deus, para honra e culto da Santíssima Virgem, sob a denominação de Nossa Senhora da Penha, na Arquidiocese de São Paulo, seja já conferido o título e a dignidade litúrgica de BASÍLICA MENOR, com todos os direitos e privilégios que lhes são anexos.
Determinamos, igualmente, que sejam observadas todas as normas contidas no decreto sobre Basílica Menor do dia 06 de junho de 1968.
Nada obstando em contrário.
Dado e passado em Roma, junto ao túmulo de São Pedro, sob o anel do pescador, no dia 07 de junho de 1985, sétimo ano de nosso pontificado.
Só recentemente a Basílica recebeu seu acabamento e sua pintura interna e externa, teve suas torres concluídas (embora não seguindo o projeto original da construção) e seu presbitério remodelado graças aos esforços da comunidade e dos devotos e à liderança e ao empenho do Monsenhor Carlos de Souza Calazans, que esteve à frente da Paróquia por 43 anos e, hoje, é pároco emérito.
O complexo da Basílica compreende diversos espaços destinados às práticas de piedade devocional (mariana) e às atividades pastorais, sociais ou culturais: secretaria, administração, lojinha de artigos religiosos, Sala dos Milagres e velário, Sala de cumprimentos, Sala de Confissões, confessionário, Sanitários, Salão Paroquial, Sacristias, Batistério (onde se encontra a antiga Pia Batismal, que ficava no primeiro Santuário), Coro, Capela do Santíssimo Sacramento, rampa e escada de acesso para visitação à imagem milagrosa, Capela Padre Carlinhos (ossário), Salão de Festas, salas de Catequese, salas para reuniões, Casa Paroquial, quadras esportivas, lanchonete, pátios com estacionamentos, Monumento ao III Centenário do Bairro-Santuário e gruta de Nossa Senhora de Lourdes.
Suas imagens expostas para veneração pública são: imagem milagrosa e original de Nossa Senhora da Penha de França, trazida pelo viajante francês em 1667 (disposta no nicho central); Cristo Crucificado e Cristo Ressuscitado (acima e abaixo do nicho da Padroeira); Nossa Senhora Aparecida (Rainha e Padroeira do Brasil); Nossa Senhora do Alívio (disposta no Batistério, proveniente de uma comunidade de Ituaçu – BA); Santo Antônio de Santana Galvão (o primeiro santo brasileiro e residente na cidade de São Paulo, da qual a Senhora da Penha é Padroeira); São Miguel Arcanjo (Padroeiro da Diocese, exposto na Capela do Santíssimo); presépio permanente; Nosso Senhor dos Passos; Nosso Senhor Morto; São José; Sagrado Coração de Jesus; Calvário composto pelo Crucificado, Nossa Senhora das Dores, São João Evangelista e Santa Maria Madalena (esculpido por Marino del Fávero em 1907 e venerado na Igreja do Rosário até 1983, quando foi transferido para o novo Santuário); ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (em nicho decorado com mosaico na nave oeste). Esse mosaico foi abençoado pelo Papa Pio X e, inicialmente, entronizado em um altar lateral do antigo Santuário em 1944. Com a construção da nova matriz, a Basílica, a imagem foi transferida para o nicho atual como forma de perpetuar o culto a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e como homenagem da Paróquia aos missionários redentoristas que estiveram à frente da Igreja da Penha por mais de seis décadas e que são os guardiães, difusores e incentivadores da devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no mundo todo.
O projeto iconográfico da Basílica contempla em suas pinturas os quatro Mistérios do Rosário: Mistérios Gloriosos (abside do Presbitério); Mistérios Dolorosos (nave oeste, acima do Calvário); Mistérios Gozosos (nave leste, acima do Presépio permanente); Mistérios Luminosos (na murada do coro). Também estão reproduzidos os Evangelistas nos quatro grandes nichos do baldaquino que sustenta a cúpula central. Esses espaços todos, antes, eram ocupados por grandes faixas contendo frases bíblicas ou alusivas a Maria.
Os cerca de 90 vitrais da Basílica embelezam e dão cor e vida à grande igreja. Neles está representada Maria sob os mais variados títulos. Também há vitrais alusivos aos Sacramentos e, ladeando o nicho de Nossa Senhora da Penha, vitrais contando a História da cidade de São Paulo. No adro da igreja existem, além das imensas e belas portas principais (todas com símbolos eucarísticos entalhados), o brasão da Basílica no alto e portas quebra-ventos de vidro, onde estão representados os Doze Apóstolos e os símbolos dos Evangelistas. Acima dessas portas encontra-se belíssimo painel-vitral retratando a transladação da imagem milagrosa até a Sé por ocasião das epidemias e secas e a aclamação popular de Nossa Senhora da Penha como Padroeira da Cidade de São Paulo. Fora isso, encontramos três grandes rosáceas nas fachadas principal, leste e oeste e vitrais com simbolismos bíblicos e teológicos.
Pelas colunas da igreja podemos observar dispostas as velas da Dedicação da Igreja e quadros da Via Sacra (trabalhados em madeira). Também merece destaque a grande e antiga Menorá (candelabro com sete braços de tradição judaica), disposto em frente ao altar da Bíblia. Todo o piso da Basílica é de ardósia preta.  

Em seu campanário, encontram-se os sinos centenários ofertados pelos devotos ao longo dos mais de três séculos de história da Penha e que ficavam no antigo Santuário. Os sinos comovem e sensibilizam os que passam pelas ruas ou que residem nas proximidades da igreja. Podem ser ouvidos diariamente ao meio-dia, às dezoito horas (Ave-Maria) e meia hora antes das Missas da Basílica.

Ainda hoje, muitos devotos de Nossa Senhora da Penha se fazem romeiros e peregrinos e vêm à Basílica da Penha durante todo o ano e, principalmente, durante a Novena e a Festa da Padroeira. Essas “romarias” acontecem de maneira espontânea e informal, com os devotos vindo sozinhos ou em pequenos grupos através de veículos particulares, de ônibus, de Metrô ou mesmo a pé. Todos os dias verifica-se a presença de visitantes na Basílica, fazendo sua prece pessoal e visitando a imagem milagrosa de Nossa Senhora. Ao final de todas as Missas, é comum observarmos uma fila de devotos que desfila diante do nicho da Virgem da Penha.
Atualmente, são estas as “romarias oficiais”, isto é, agendadas, que vêm à Basílica: Caminhada Penitencial das Paróquias do Setor Cangaíba (no domingo que antecede o Domingo de Ramos); Caminhada da Ressurreição (que parte da Basílica até a Catedral de São Miguel Paulista na madrugada do Domingo de Páscoa); peregrinação anual de algumas paróquias da Diocese e “Caminhada pela Paz” (na manhã do dia 07 de setembro, Dia da Pátria e último dia da novena da Padroeira); e concentrações anuais do Apostolado da Oração e do Movimento do Terço dos Homens da Diocese de São Miguel Paulista. A Basílica também é o local em que a Diocese se reúne para a celebração da Missa do Crisma, na Quarta-feira Santa. O grandioso Templo, ainda, foi o local escolhido para a Missa de Ordenação Diaconal e/ou Presbiteral de diversos padres.
INDULGÊNCIAS PLENÁRIAS NA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA
Os fiéis podem lucrar Indulgência Plenária observando as condições costumeiras e visitando a Basílica de Nossa Senhora da Penha nos dias abaixo mencionados:
1 – Na Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, 29 de junho;
2 – No dia 02 de agosto, em que ocorre a Indulgência da Porciúncula;
3 – Na Festa de Nossa Senhora da Penha, 08 de setembro;
4 – Na Solenidade da Imaculada Conceição, 08 de dezembro.

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SECRETARIA PAROQUIAL

Segunda à Sexta-feira: 8h30 às 12h00 e 14h00 às 17h30
Sábado: 8h30 às 12h00 e 14h00 às 16h00
A secretaria está fechada aos domingos e feriados

ENDEREÇO

Rua Santo Afonso, 199
Penha de França - SP
Telefone: (11) 2295-4462

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