Inicialmente, espera-se que o trate como de fato é: "algo (con)sagrado ao Senhor" (Lv 27,30), algo da comunidade. Em decorrência destes entendimentos, deve-se esperar uma série de cuidados:
a) Prestação de contas assíduas e transparentes;
b) Priorização da aplicação do dízimo, sempre para o bem comum da comunidade; nunca para interesses particulares de quem quer que seja;
c) Sempre que possível consultar a comunidade, através de seus conselhos, para a aplicação justa, sobretudo as aplicações mais vultosas;
Tratando-se de prestação de contas da aplicação do dízimo, entendo, e a experiência tem comprovado que a melhor prestação, embora necessária e imprescindível, não é aquela que se faz fixando nos murais da Igreja, exposta em data show ou entregando cópias aos fiéis, como em geral é de praxe nas comunidade, mas aquilo que a comunidade pode visualizar materialmente, como: uma Igreja fraterna e fisicamente acolhedora (boa qualidade de som, iluminação, ventilação, razoável conforto...; construções e reformas...; investimentos na formação dos agentes pastorais, entre os quais estão os ministros ordenados, possibilitando a eles e/ou a elas manutenção digna); "Os cristãos devem contribuir para que os que se dedicam ao Evangelho possam viver do Evangelho" (CNBB; cf. 1º Cor 9,13-14; GI 6,6); subsidiando as diversas pastorais etc. E, é claro, nunca descuidando a dimensão social - atenção aos carentes, destinando a eles uma fatia do Dízimo (cf. DT 14,29; 26,12-13;Tb 1,8). Não estaria este gesto em consonância com a opção evangélica preferencial pelos pobres?
Enfim, um dízimo bem administrado funciona como uma via de mão dupla, pois "Quem semeia com mesquinhez, com mesquinhez há de colher; quem semeia com generosidade, com generosidade há de colher" (2º Cor 9,6). "Cada um colherá aquilo que tiver plantado" (Gl 6,7).